Ontem, no primeiro dia de 2016, soubemos da morte de dois músicos que – cada um a seu modo – fizeram a cabeça de muita gente: Natalie Cole (aos 65 anos, com a correção dos leitores, e não 85 como previamente digitado), Gilberto Mendes (aos 93). Um mau presságio? Talvez, mas o período dedicado à música por ambos apenas nos deveria fazer agradecer a convivência, por tanto tempo, com seus talentos. Em um mundo cheio de coisas feias e espertalhices, duas vidas dedicadas generosamente à grande música devem ser sempre celebradas.
Para aqueles que mal conhecem, ou para todos os outros já devidamente entusiasmados pela inventiva obra do professor Mendes, sugiro a visita e audição das gravações feitas pela Osesp, disponíveis no site da orquestra.
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Uma outra morte não menos lamentável é aquela do maestro Gilbert Kaplan, com 74 anos. Um assumido “amador” até o fim da vida, economista e empresário por profissão, Kaplan notabilizou-se pelas suas interpretações da Sinfonia n.2 “A Ressureicão” de Gustav Mahler – única obra a qual se dedicou. Dirigiu-a em todo mundo a despeito de qualquer educação formal em música ou em regência de orquestra.
O Telegraph faz um detalhado obituário sobre o maestro.
Que repousem em paz.
por Leandro Oliveira